Soldados
Estamos em guerra,
Cavamos trincheiras:
As unhas com areia,
Pulmões de poeiras.
Sob uma tamanha agonia,
Somos obrigados a ver morrer.
Todos juntos, em sincronia,
Esforçamo-nos para tentar esquecer.
Não aceitamos as verdades,
Gera-se um clima de mal-estar.
Refugiamo-nos nas saudades
Por não haver propriamente um lar.
Parando um pouco para pensar,
Não cremos em combater.
Só pensamos em regressar
E evitar sair a perder.
Temos medo de disparar...
Temos medo de correr...
Temos medo de respirar...
Não conseguimos parar de tremer.
Chamam-nos de cobardes
Por nos verem assim a fugir.
Esquecem-se das tardes
Que nos ajudaram a reflectir.
Sim, somos soldados,
Talvez com pouca experiência,
Mas estamos preocupados
Com a voz da consciência.
Carlos Ortet, 1996-02-24
Cavamos trincheiras:
As unhas com areia,
Pulmões de poeiras.
Sob uma tamanha agonia,
Somos obrigados a ver morrer.
Todos juntos, em sincronia,
Esforçamo-nos para tentar esquecer.
Não aceitamos as verdades,
Gera-se um clima de mal-estar.
Refugiamo-nos nas saudades
Por não haver propriamente um lar.
Parando um pouco para pensar,
Não cremos em combater.
Só pensamos em regressar
E evitar sair a perder.
Temos medo de disparar...
Temos medo de correr...
Temos medo de respirar...
Não conseguimos parar de tremer.
Chamam-nos de cobardes
Por nos verem assim a fugir.
Esquecem-se das tardes
Que nos ajudaram a reflectir.
Sim, somos soldados,
Talvez com pouca experiência,
Mas estamos preocupados
Com a voz da consciência.
Carlos Ortet, 1996-02-24
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